Um conceito que já é muito difundido na Europa, principalmente pela quantidade de jovens que fazem turismo pelos países do continente, é o dos hostels. A ideia é de uma hospedagem consideravelmente mais barata do que a de um hotel comum, onde se troca o luxo pela descontração. Muitos desses espaços tem uma decoração simples, tendo em vista que o orçamento não se compara com o de um hotel.

Mas quem disse que o simples não pode ter personalidade e exclusividade? Alguns hostels do Brasil já estão aderindo à tendência do “design hostel”, com decorações vintages e despojadas, compostas por móveis garimpados por toda a cidade.

Um exemplo de estabelecimento que aderiu à iniciativa é o WeHostelDesign, em São Paulo. Ele funciona em uma mansão construída no início do século 20, localizada em uma arborizada rua da Vila Mariana, próxima ao Parque Ibirapuera; e abriu as portas ao público com um projeto do arquiteto paulistano Felipe Hess.

Felipe optou por pintura em tons superbrancos, tanto das paredes externas quanto das internas. A generosa luz natural que penetra pelas janelas reflete-se nas superfícies claras e no piso original de tábuas de madeira maciça.

Peças contemporâneas se misturam a este cenário, renovando a atmosfera que parte do estilo eclético do casarão, passa pelas linhas retrô dos móveis e culmina na praticidade das soluções de hospedagem.

Dividido entre quartos coletivos, privativos, uma suíte para mulheres e um quarto de casal, todos com armários e luzes de leitura individuais, o We Hostel tem a cara de uma São Paulo que ainda resiste, aqui e ali, reunindo seu passado recente de opulência e refinamento à funcionalidade da metrópole.