🕐 September 28, 2012
Segundo a designer Elizabeth Leriche, um dos grandes nomes quando o assunto é desvendar os novos rumos do design, o universo da decoração vai se voltar para o minimalismo e para os ambientes mais zen. As feiras de design e decoração que estão movimentando o verão Europeu já começam a ditar tendências e influências para o mercado.
E um dos principais motivos para isso é a crise econômica, principalmente na Europa. Leriche afirma que a atual conjuntura econômica vai definir novos padrões de consumo que vão de encontro ao ao essencial.
Essa busca por linhas apuradas é o fio condutor da secção “Minimum”, organizada por Leriche para a Maison&Objet deste ano, uma das maiores feiras de design e décor do mundo, que aconteceu entre 7 e 11 de Setembro, em Paris.
Nendo Studio“Trata-se de encontrar uma maneira de viver mais leve”, explica Leriche em entrevista à AFP. Sua proposta de “voltar ao essencial” vai contra a ostentação, mas não deixa para trás o luxo.
DelightfullPara a mostra, esta “descobridora de tendências” expôs objetos sóbrios, sugeridos somente por linhas e feitos com pouco material, como uma cadeira geométrica ou um sofá em acrílico, quase transparente, obra de um criador japonês. O objetivo propor objetos que “aspiram à transparência e deixam lugar para o espaço vazio, que respondem a uma maneira de consumir, mais sustentável para o planeta, mas ao mesmo tempo elegante.
Brabbu, Boca do Lobo and DelightfullA designer também quis combater a ideia de que o minimalismo é frio, preto e branco e áustero. E mostrou que há objetos minimalistas muito sensuais. Segundo François Bernard, outro caçador de tendências no design mundial, é na época de grandes convulsões econômicas e sociais que se produz uma explosão de criatividade.
KoketHoje, com a crise, estamos passando por uma dessas épocas. Bernard foi o organizador da secção “Elements”, que girou ao redor dos “Elementos”: Terra, Ar, Fogo e Água. Um dos eixos do design do futuro, segundo Bernard, é a criação de objetos que provocam emoção e poesia.
Não há espaço, nesta tendência, para animais, tecidos estampados com flores, folhas, disse Bernard, que selecionou objetos que “falam à alma”, como uma cúpula de luminária que recria o efeito da luz que desliza entre as folhas. “Objetos que nos provocam emoções, que evocam momentos felizes”, disse.