Todos nós sabemos que o Rio de Janeiro foi uma cidade projetada para lembrar ao máximo as glamourosas capitais europeias, a influência da família real portuguesa, que se instalou em Teresópolis, a poucos quilômetros da capital carioca, transformou o Rio de Janeiro na cidade maravilhosa. Um dos maiores exemplos dessa influência é o famoso Copacabana Palace, o hotel mais requintado do Brasil.
Um dos primeiros hotéis da cidade a ser construído à beira-mar, o Copacabana Palace foi inaugurado em 1923, e hoje pode ser considerado um símbolo do estado, sendo o preferido de artistas, políticos, executivos e personalidades internacionais, além de ser referência nacional em grandes recepções, como o famoso reveillon do Copacabana, que sempre conta com a presença de artistas e celebridades.
Tombado pelo Patrimônio Histórico, o Copacabana Palace possui em seu currículo fatos da maior relevância, como por exemplo, ter servido de cenário para o filme “ Flying Down To Rio”, onde pela primeira vez Fred Astaire e Ginger Rogers dançaram juntos.
A atenção aos detalhes compõe a exclusividade do hotel. Filmes vencedores do Oscar são entregues nos quartos acompanhados por um balde de pipoca quentinha.
Todos os hóspedes são presenteados com sandálias Havaianas, chocolates e flores. Estas praticamente exigem uma colorida linha de montagem: são 160 arranjos de orquídeas, antúrios, gérberas feitos toda semana.
O maior arranjo do hotel, que fica no lobby, é rearrumado diariamente e trocado duas vezes por semana. “O ambiente é inspirador”, diz a florista Suzana Milman, responsável por esse trabalho. “Para trabalhar aqui tem de estampar o sorriso no rosto”, ensina o porteiro Jorge Freitas. Aos 57 anos, trabalha há 37 no hotel, é o funcionário mais antigo e provavelmente o mais paparicado — muitos visitantes pedem para tirar fotos ao seu lado.
“Mais do que retorno financeiro, meu pai queria tudo perfeito”, diz Luiz Eduardo Guinle sobre o fundador, Octávio Guinle. O hotel inaugurou a Copacabana chique, assistiu à sua decadência e sobreviveu com honra, cheio de histórias. O livro de ouro do local registra nomes como Santos Dumont, Walt Disney, Elizabeth II e princesa Diana. Foi nos salões – e quartos – do Copa que Jorginho Guinle, sobrinho de Octávio Guinle, viveu aventuras que criaram sua fama de playboy. Pouco antes de morrer, em 2004, fez seu último pedido. “Quero ir para o céu”, disse. Foi atendido e no Copa passou sua última noite. E assim uma pessoa pode conhecer um dos locais mais bonitos do Rio e claro, um dos melhores hotéis do Brasil.
